Paróquia Universitária São João Evangelista (Parusje)
"Onde houver comunidade universitária, aí deverá estar o nosso trabalho pastoral"
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Programa "Juventude Universitária"
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
O OLHAR
Às vezes enfrentamos olhares curiosos, outras vezes olhares teimosos. E ainda olhares desconfiados e perigosos. Exigem atenção e prudência ao querer pensar alguma atitude ou alguma palavra a proferir. É importante ter postura equilibrada e resguardada para não sofrer conseqüências desagradáveis.
“Os olhos são a lâmpada do corpo. Se o olho é sadio, o corpo inteiro fica iluminado. Se o olho está doente, o corpo inteiro fica na escuridão. Assim, se a luz que existe em você é escuridão, como será a grande escuridão!” (Mt.6,22-23)
Não há quem resista. Muda o comportamento, a atitude e mesmo os projetos da pessoa. Uns aderem incondicionalmente. Outros simplesmente preferem dar as costas e tomar outro rumo. Ninguém consegue ficar indiferente.
Apenas recordando alguns fatos em que o Mestre dos mestres agiu e contagiou pelo olhar: a mulher samaritana que se viu completamente transformada ao encontrar-se com ele. Foi à cidade e disse ao povo: “Venham ver um homem que me disse tudo o que eu fiz’ (Jo.4,28). O filho pródigo: “Quando ainda estava longe o pai o avistou e teve compaixão. Saiu correndo o abraçou e o cobriu de beijos” (Lc.15,20).
Um olhar que deve ter marcado profundamente não só as mulheres que o seguiam, mas também todo o povo que o acompanhava no caminho do calvário foi quando se encontrou frente a frente e, vendo a tristeza e as lágrimas, disse: “Não chorem por mim! Chorem por vocês e seus filhos (Lc.23,28)
Seu olhar não foi apenas um olhar de consolo. Foi um chamado para se manterem fiéis a tudo quanto dele haviam recebido, pois percebera que ainda não estavam convencidas de que era preciso que ele morresse e ressuscitasse para salvar a humanidade. E elas e todos os demais deveriam assumir corajosamente a missão de levar ao mundo essa mensagem salvadora.
O olhar de Deus não é jamais um olhar investigador. É um olhar de amor. É um olhar de acolhida e transformação. É um olhar de perdão e de vida nova. É um olhar de encontro e de comunhão de vidas. É um olhar de partilha e de alegria por sentir que ainda existe uma certeza: a certeza de que ele ama a cada um e a cada uma com um amor especial.
artigo do Frei Venildo Trevizan
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Um Deus Diferente
Cada qual tem o direito de elaborar um conceito muito pessoal de Deus. Mesmo as filosofias e as teologias incutindo conceitos clássicos e comuns, mesmo assim as pessoas em suas mentes elaboram um conceito muito seu, muito próprio. E isso se supõe ser fruto da elaboração de certas atitudes tomadas frente a situações de sofrimento e outras provações que interfiram em seu modo de viver e até em seu modo de ser e de pensar.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
O caminho da humildade
domingo, 29 de agosto de 2010
Perdão!
Quando somos pequenos e aprontamos, nossos pais nos submetem a uma espécie de teatro - somos postos cara a cara com a "vítima" e pedimos desculpas, porém sem a mínima vontade. Nós esperneamos mas não tem jeito: vamos lá e interpretamos o papel de arrependido. Quando a situação era inversa, ou seja, nós éramos a vítima, relutávamos em aceitar a desculpa também, mas acabávamos falando que perdoamos, mesmo com uma raiva imensa pelo colega ter arrancado a cabeça do seu boneco favorito.Essas crianças crescem. Algumas aprendem a se desculpar e perdoar, enquanto outras continuam se movendo num jogo ridículo, pedindo desculpa por cortesia e perdoando por conveniência.Se o tema perdão fosse só isso, pessoas sinceras e pessoas desonestas,seria até simples. Mas o perdão é muito mais complexo.A começar pelas perguntas que martelam a nossa cabeça - quando perdoar? Quando pedir perdão?
Acho que o perdão, pra começar, só existe quando há sinceridade de ambos os lados. Quem errou tem que ter um arrependimento convicto, assumir que errou e se comprometer a não repetir o erro. Quem perdoa não deve guardar rancores: de nada adianta dizer que aquilo já passou mas ficar se remoendo e sofrendo por causa disso.
Tá, você já perdoou/foi perdoado?!
Mas e se aquela situação se repetir da mesma forma, com a mesma pessoa? Devemos aceitar as desculpas e nos machucarmos de novo? Ou devemos ser radicais e dizer: não, não posso tolerar isso?E quando conseguimos fazer a mesma besteira duas vezes?
O errado tem obrigação de se desculpar e não exigir que seja entendido. Livre-se do peso se desculpando e admitindo a culpa.
Para perdoar uma segunda vez, tem que haver uma força de vontade bem grande. Se valer a pena, deixe o tempo levar a ferida; mas se não for vantajoso se machucar de novo, não se culpe, porque o coração, uma hora, acaba se cansando de perdoar.O que importa é que nessas situações esqueçamos um pouco a cabeça, e sigamos um pouco nosso coração, até porque nessa hora ele é mais sábio.
Não é impossível que num certo ponto você pense: "eu estou errado", mas o coração diga "deixe de besteira, não se desdobre à toa!". Ou nossa cabeça diga: "Nunca poderei conviver sabendo que ele fez isso!", mas o coração diga "ele está arrependido. Uma segunda chance vale a pena".
Quem perdoa mostra que ainda existe amor para quem crê.
Mas não importa saber qual das duas coisas é mais importante -
É sempre importante saber que perdoar é o modo mais sublime de crescer,
E pedir perdão é o modo mais sublime de se levantar."
sábado, 28 de agosto de 2010
VOCAÇÃO DE SER ESTUDANTE
Vigário da Paróquia Universitária
Resgatar o papel da Pastoral das Universidades
Nem sempre evangelizar é uma missão fácil. Na verdade é uma tarefa árdua e complexa, mas muito rica. Nos tempos atuais evangelizar é estar exposto a acentuações e traços diversificados trazidos até nós por uma cultura pós-moderna reinante.
Mas em todo caso, nós, da Pastoral Universitária, devemos encontrar caminhos para uma ação eficazmente evangelizadora que nos leve ao anúncio explícito de Jesus Cristo e o encontro com Ele. Não devemos, e nem podemos, ter medo de anunciar a Boa Nova de Jesus aos jovens de nosso tempo. Isso exigirá um esforço pastoral grande para estar junto aos jovens; suportando-os nos momentos de indecisão, ouvindo seus clamores e sendo presença em suas lutas e vitórias.
A Pastoral Universitária sempre foi, e deverá continuar sendo, um espaço propício para os jovens que buscam o fortalecimento de sua fé ou a descoberta dela. Deve estar aberta aqueles e aquelas que buscam refletir o problema religioso na perspectiva de uma ampliação de horizontes, uma vez que estão no mundo acadêmico. Portanto, fazem parte de uma “seleta sociedade de seres pensantes”.
No centro da missão da Pastoral Universitária, encontramos essencialmente uma pessoa: Jesus de Nazaré. Neste sentido o nosso trabalho é colocar os nossos jovens não apenas em contato, mas em comunicação, em intimidade com Jesus Cristo. Isso de alguma forma deve ser palpável a toda e qualquer pessoa, pois o “Reino de Deus”, é o plano grandioso do Pai para a humanidade toda, o projeto anunciado por Jesus em um mundo reconciliado e fraterno, onde se realize os valores que o coração humano sempre sonhou: o amor, a vida, a verdade, a felicidade, a justiça e a paz.
A presença evangelizadora da Pastoral no meio acadêmico consiste em descobrir o evangelho já vivido, praticado, presente e atuante no mundo, inclusive, além das fronteiras confessionais da Igreja (Mc 9,39-40), e identificar sua eficácia. O desafio é grande: hoje não é possível anunciar Cristo como salvador se não se comunica e se vive uma autêntica experiência de salvação. Isso para nós é muito claro, ao pensarmos nossos objetivos e metas, fica evidenciada a urgência do “primeiro anúncio”.
Temos consciência de que devemos fazê-lo, no entanto, o anúncio cristão, aquele proposto por Jesus, não deve apresentar-se nunca com ares de imposição, menos ainda recorrendo à doutrinação ou ao proselitismo. Deve significar sim, uma oferta livre, um convite amoroso, uma proposta possível: “Vem e vê”. Isso não quer dizer que o dinamismo evangelizador diminua sua eficácia, mas que, esse mesmo dinamismo leve em conta, o realismo histórico, respeitando e dialogando com as novas coordenadas culturais.
Como disse anteriormente, é tarefa árdua. Nosso anúncio deverá ser realizado a partir dos valores, mas também das limitações institucionais que temos, sem sentimentos de revanche, sem espírito de cruzadas, ressentimento ou nostalgia do passado. Temos que nos apoiarmos numa atitude de verdadeira humildade e amor a nossa Igreja, relacionando-nos com o mundo numa perspectiva positiva com o mundo que aí está evitando demonizações e fáceis condenações, uma vez que, sabemos que esse mundo é criado e amado por Deus.
Tomemos, portanto, consciência de nosso papel no processo histórico, sem perder de vista a serena convicção de que é Deus, através do seu Espírito Santo quem move os corações, quem pode eficazmente converter as pessoas, e não nós. Por mais preparados que somos ou mais decididos que nos sintamos optar por Deus ou não, é sempre uma atitude pessoal. Toda conversão à fé, toda abertura à palavra de Deus, é sempre algo inesperado, uma surpresa.
A nossa grande colaboração está justamente em testemunhar em nossa vida, a presença vivificante de Jesus Cristo, tornando-o mais conhecido, mais amado e mais assumido no meio acadêmico e na sociedade como um todo. A evangelização no meio universitário não é uma tarefa, mas sim a “Tarefa” que devemos com amor executar.
Vigário da Paróquia Universitária
VIDA E ORAÇÃO
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
A Escolha Pessoal
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Viva a amizade
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
(Loucos e Santos, de Oscar Wilde)
segunda-feira, 28 de junho de 2010
O PREÇO DA DECISÃO
quarta-feira, 23 de junho de 2010
O PODER DOS DONS
terça-feira, 15 de junho de 2010
Por que nos encontramos constantemente em situação de pecado?
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Será que Eu Tenho Vocação?
“O desejo de Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus. Deus não cessa de atrair o homem para Si e só em Deus é que o homem encontra a verdade e a felicidade que procura sem descanso” (Catecismo da Igreja Católica, 27). Verificamos que a vocação à qual Deus nos chama desde o momento da nossa concepção até a nossa morte é precisamente o encontro com a verdade e possessão da felicidade: Deus. Amar é a vocação de todos os homens desde o primeiro momento da criação (cf. At 17, 26-28). “Esse é o meu mandamento: que ameis uns aos outros assim como eu vos tenho amado” (cf. Jo 15, 12). Esse mandato também faz parte do nosso chamado: amar os homens, nossos irmãos em Cristo, como Deus os tem amado. Agora podemos resumir o significado da realidade que a palavra vocação expressa: amar Deus e os homens, encontrar a verdade e ser felizes.
Se isso é vocação, então porque se fala de vocação somente àquela que se refere seja à vida consagrada ou ao sacerdócio?
O propósito dessas linhas não é desmentir o uso restrito da palavra vocação, senão expor o significado mais amplo dessa realidade comum a todos. Porém o uso comum de vocação se refere ao seguimento específico da Vocação, ou seja, o modo em que seguimos o chamado da nossa existência. Daí vem os possíveis caminhos ou maneiras, ou seja, vocações, de seguir a Vocação (aquela mais ampla que referimos anteriormente): o sacerdócio, o matrimônio, a vida religiosa e consagrada e a vida solteira.
Após essa breve e simples exposição em que consistem a Vocação e vocações, uma dúvida não pode passar despercebida: como se discerne o caminho ou maneira que Deus quer que O responda e O siga? Como eu, com minha vida atarefada e corrida, vislumbro a vocação específica a que Deus me está chamando? A resposta está na oração. Mas por que a oração? Não é chata? Não é seca? Não seria melhor pesquisar no meu Google?
Deus é quem chama; se Ele chama temos que escutá-lO de alguma maneira. Como? Onde? “O homem anda à procura de Deus. Pela criação, Deus chama todos os seres do nada à existência”. “Mas é Deus que primeiro chama o homem”. “À medida que Deus Se revela e revela o homem a si mesmo, a oração surge como um apelo recíproco, um drama de aliança” (cf. 2566 e 2567 do Catecismo da Igreja Católica). É na oração onde nós encontramos o Deus que nos procura num apelo mútuo. Por um lado, fomos criados para amar e buscamos a melhor maneira de saciar este desejo. Por outro lado, Deus quer nos saciar e espera que nós vamos até Ele na Eucaristia, nas orações organizadas na paróquia, num grupo de oração e, sobretudo no nosso dia-a-dia quando na nossa consciência, o recanto mais profundo da nossa intimidade, escutamos aquela voz: “Onde estás?” (Gn 3, 9) e onde respondemos: «Eis que venho, [...] ó Deus, para fazer a tua vontade» (Heb 10, 7).
Paulo Afonso dos S. Tavares é acadêmico de Jornalismo na PUC – GO, e coordenador da Pastoral da Juventude de Trindade e catequista de Crisma. (http://twitter.com/pa_jornalista)
Artigo publicado no Diario da Manhã do dia 11 de Junho de 2010.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
"Do mundo" ou "de Deus"?
Como podemos caracterizar algo como sendo “do mundo” ou “de Deus”? Computador é “do mundo”?
Máquina de datilografar é “de Deus”? Novela é “do mundo”? Filme é “de Deus”? Festas com bebidas e sons exagerados são “do mundo”? Reuniões pequenas são “de Deus”? Percebem o quanto é difícil fazer uma classificação a esse respeito.
Tudo vai depender da intenção do coração e do contexto onde tal prática está inserida.
Uma determinada festa pode ser considerada boa ou ruim aos olhos de alguém, mas nem por isso pode ser rotulada como festa “de mundo” e algo que seja pecaminoso.
O que fazer nesse caso então? Cada um siga sua própria consciência, iluminada por uma fé autêntica e não rejeite seu irmão por pensar de forma diferente.
Entendemos que essas e outras discussões não são incluídas no Evangelho, que é muito simples e que em sua essência é amar a Deus e ao próximo.
Não podemos limitar o ensinamento do cristianismo em listas permitidas e não permitidas para nós Cristãos.
A prática de usos e costumes fora da igreja, ou mesmo dentro dela, nunca contribuiu para a salvação ou santificação de alguém. Regras e tradições humanas mudam apenas o exterior, enquanto Deus está preocupado em mudar o coração.
Então leia a Bíblia, seja intimo com Deus, busque-o. Somente ele vai dizer o que “pode” ou o que “não pode”, se convém ou não convém. Não temos o direito de impor nossas opiniões. Algumas coisas são pessoais, ou seja, enquanto é pecado para alguns, é totalmente lícito para outros.
Julgar, falar mal, estas sim são atitudes mundanas que, com certeza, entristecem de maneira bastante significativa o coração do Senhor.
Não devemos perder tempo com discussões que não nos levarão a nada. Ao nosso redor há muitas pessoas precisando do nosso apoio e de salvação. Concentre-se nisso. “Ide e pregai o Evangelho a toda criatura”. Não perca a vontade de seguir o caminho do bem.
Como diz uma passagem da música de autoria do Renato Russo: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã...” Coloquemos isso em prática.
Lorena Neri Meira de Oliveira, natural de Trindade, Advogada.