A Igreja celebra o tempo de Páscoa, que vai desde o Domingo da Ressurreição até o fim de Pentecostes -mais ou menos uns 50 dias- como se fosse um só dia, o Grande Dia, antecipação do tempo que não terá fim.
Este sentido do tempo da Páscoa se faz especialmente evidente no tempo conhecido como "Oitava de Páscoa", os oito primeiros dias do tempo pascal, em que as antífonas repetem durante toda a semana: 'Hoje o Senhor ressuscitou, cantemos um hino ao Senhor nosso Deus".
O ovo de Páscoa tem uma origem cristã. Na chamada "Idade Média", o ovo não somente era visto como um alimento saboroso e precioso- lembrando que não existia a produção em série- mas que, além disso, simbolizava a Cristo: assim como o ovo oculta uma vida que brotará, a tumba de Jesus também oculta sua futura ressurreição. Em muitos países ainda se conserva a tradição de pintar e abençoar os ovos de galinha antes do Domingo de Ramos, para depois comê-los no Domingo de Páscoa.
O coelho de Páscoa é um símbolo cristão da Ressurreição. Seu uso se remonta à antigos predicadores do norte europeu que viam na lebre um símbolo da Ascensão de Jesus e de como deve viver o cristão: as fortes patas traseiras da lebre lhe permitem ir sempre para cima com facilidade, enquanto suas frágeis patas dianteiras dificultam a descida.
A Pomba ou "Colomba" pascal, um pão doce e enfeitado com a forma de ave, é também um símbolo cristão. A forma de pomba era utilizada muito frequentemente nos antigos sacrários onde se reservava a Eucaristia. O símbolo eucarístico se converteu logo no pão doce que costuma ser compartilhado, em alguns países europeus -especialmente na Itália- no café da manhã de Páscoa e da "Pasquetta", a segunda-feira de Páscoa.
Paulo Afonso dos Santos Tavares é acadêmico de Jornalismo na PUC – GO, e Coordenador da Pastoral da Juventude de Trindade e catequista de Crisma.
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