sexta-feira, 30 de abril de 2010



"Esquecer é uma necessidade.
A vida é uma lousa, em que o
destino, para escrever um novo caso,
precisa de apagar o caso escrito".

((Machado de Assis))

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O que sinto nesse momento?

Difícil definir o que sinto neste momento
Uma fusão de sentimentos em conflito entre a razão o corarão
Uma mistura de amor e ódio, dor e saudade, incertezas e ilusões.
São problemas distintos que resolveram interagir sem planejamento.
Talvez seja mais um destes testes que a vida procura nos aplicar
Um teste para testar diversas habilidades complexas.
Onde os resultados não atingem o grau de maturidade realizado em sua auto-avaliacão.
Descubro grades ocultas que ate então não haviam sido ilustradas
Ou talvez estivessem tão visiveis a ponto de serem ignoradas.
Estou vivendo três conflitos na qual perturbam minha paz.
E destes três somente uma pessoa tera conhecimento de sua totalidade... Eu.
Sinto-me como em um monologo
E na plateia estão meus julgadores, alguns que me querem bem, outros se abstem.
E aqueles que torcem por minha derrota.
Mas não vou desistir de melhorar
E quando falo em melhora, me refiro a mudança interior
Missão nada fácil... mas pretendo dedicar me nesta ação!

Hanna Nery - 16/04/2010

O problema fortalece


Você não tem problema ou dor
se estiver plenamente convencido de que o poder
de Deus, que tudo soluciona, está alojado dentro de você.
O problema, em si, não existe.
Você é que o sente de uma maneira ou de
outra. Se pensar fraco, ele será forte.
Eleve a compreensão. Anule a fraqueza do pensamento.
Revista-se de
energia.
Problemas são benefícios.
Convencer-se de que os problemas fortalecem
é exercitar uma
vida melhor.

((Lourival Lopes))

Compartilha, 28-04-10


Amigo (a)


Perdoe-me o abuso, mas as palavras clamam. E não dá para contê-las. Logo mais teremos um opúsculo reunindo estas e outras linhas. Já tem até título provisório. Comunicar-lhe-ei quando estiver pronto. Deixe-me abusar da amizade e proclamar algo mais.

Dentro de cada um de nós transitam mil rios. Mil faces vão e vem em nossas estradas. Quantas pessoas conhecemos? Quantas vidas por nós passaram e passam? Singularidades diversas. Rostos que nunca mais veremos. Belezas que nunca mais contemplaremos. Outras retornam, a cada dia, igualmente carregadas de uma beleza singular a cada amanhecer e entardecer. Nunca mais somos os mesmos desde que nos abrimos ao mundo das relações. Somos marcados com o sinal do outro, ainda que imperceptíveis sejam estes sinais. Por isso não somos solidão. Somos solidariedade. Somos mutualidade. Somos imbricamento de rios, riachos, canais. Acertadamente canta Paulinho da Viola: “foi um rio que passou em minha vida e meu coração se deixou levar”.

Por isso é importante acolhermos a face do outro, ainda que desta face ora queiramos nos aproximar, ora queiramos nos afastar. Porque a vida é feita de encontros e desencontros. E, entre encontros e desencontros, encontramo-nos, a nós e aos outros, sempre. E corremos o risco de perdermo-nos e perdermos o outro, igualmente. Mas, cest la vie. O fato é que crescemos juntos, na unidade dos diferentes. Não tem outro jeito. Graças a Deus.

Homens e mulheres são como rios. Ao longo da vida transitam por entre planícies e montanhas. Atravessam duras superfícies. Abrem fendas. Desbravam caminhos novos. Alguns rios morrem ao longo do trecho. Outros se juntam a outros e se tornam mais leitosos. A maioria deságua no mar, símbolo maior transcendência última, como para dizer do próprio Deus, Oceano sem fim, Eternidade ilimitada inequivocamente, “Lugar” onde as águas se encontram e festejam a vida e a alegria de terem passado por tantas intempéries e belezas.

Um grande, profundo e amigo abraço. Na sinceridade de quem lhe deseja, tão somente, o melhor. Nada mais que o melhor.

Prof. Onofre Guilherme S. Filho
PUC Goiás

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Um novo tempo ...

Um novo tempo chega... e dele, espero mudanças.
espero.... conquistas.
espero alcançar sem medo meus objetivos.
Mas, tenho um pouco de receio para seguir.... afinal o que tenho visto em evidência, foram apenas atitudes superficiais... sem sentimento. Tenho medo de expor o q há de melhor em mim... pois fazendo isso, estarei expondo junto com as qualidades, minhas fraquezas.... e me pergunto... será q vale a pena? Diante desse mundo descaradamente desumano..... vejo a discordia, pessoas atropelando pessoas....
As pessoas tbem estao aprendendo a lutarem por aquilo q querem.... mas nao aprenderam ainda a fazerem isso sem ferir um outro alguem. Nao julgo os que correm atras de seus sonhos, mas as pessoas poderiam aprender a alcançar suas metas sem machacar os que os amam.
Bom! Nao vejo só as obscuridades.... vejo tbém o esforço... de poucos, mas vejo.... tornarem este mundo um pouco mais caloroso.
Sei lá.... este novo tempo me fez refletir.... estou começando a aprender a traçar minhas prioridades e sei q se eu me esforçar, conseguirei seguir o caminho certo..... o caminho q meu coraçao me guia, que até o momento, tenho dificultado a compreensao com impulsivas tentativas de querer mudar o q está tao evidente!!!
Que todos tenham um novo tempo de reflexao... q cada um posso avaliar sua vida e traçar aquilo que realmente é importante para si! É o q desejo a todos...

Hanna Nery - 16/04/2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Por que nos angustiar?


A notícia da Ressurreição já havia espalhado pela cidade e arredores. Os discípulos de Emaús contaram aos apóstolos, em detalhes, “o que havia acontecido no caminho para casa, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão (cf. Lc 24,35). Mesmo assim, o grupo dos apóstolos duvidou. Jesus, então, apareceu a eles pela terceira vez desejando, em primeiro lugar, que a paz estivesse no meio deles, mas eles não O reconheceram. Porém, o Senhor insistiu dizendo:

“Por que estais perturbados e por que estas dúvidas em vossos corações? Vede minas mãos e pés, sou eu mesmo. Apalpai e vede. Um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 38-39).

Foi assim que Jesus encontrou os seus amigos: carregados de dúvidas e perturbações, com medo e tristes. Não entendiam o que estava acontecendo, sofriam com a solidão, com a ausência de Jesus; não se lembravam das coisas que Ele havia dito quando caminhava com eles. O Senhor sabia que esses sentimentos estavam tão presentes e latentes, que seus corações estavam apertados, cheios de angustias, por isso, insistia para que acolhessem a paz que vinha dele, do seu Coração Sagrado.

Estavam paralisados, insensíveis à sua voz amorosa, e com os olhos como que vendados, impedindo vê-lo de verdade, por isso Jesus pediu para que tocassem nele. Jesus tinha certeza que eles só acreditariam depois que o tocassem: apalpai e vede.

Essa atitude de incredulidade, de insensibilidade à voz de Deus está presente também na nossa vida. Deixamos que o medo, a tristeza, as dúvidas, as angústias, as insatisfações da vida vão nos paralisando, nos cegando, por isso, Jesus nos pede para tocar as suas chagas e sermos curados, libertos de nós mesmos, e assim tomarmos posse dessa vida verdadeiramente nova que Ele quer nos dar.

Ir. Silvana A. Nogueira é Consagrada Luz da Vida

sábado, 17 de abril de 2010

ParUSJE na Semana de Cultura e Cidadania


A Semana de Cultura e Cidadania será realizada entre os dias 21 e 23 de abril, com uma programação extensa e gratuita. Serão oferecidos minicursos, consultorias, oficinas, serviços na área jurídica, saúde e meio ambiente, apresentações culturais, recreação, lazer e visitas monitoradas ao Memorial do Cerrado, museus e laboratórios.
    A Paróquia Universitária São João Evangelista participe integralmente das atividades dessa Semana  e tem como equipe a subcomissão de Espiritualidade Cristão-Católica que está trabalhando com a motivação do Evangelho de São Mateus, "o que fizerem a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizeram..."(cf. Mt 25, 40).


Abaixo a programação:
Participe!


SEMANA DE CULTURA E CIDADANIA PUC GOIÁS - 2010
PARÓQUIA UNIVERSITÁRIA SÃO JOÃO EVANGELISTA (PARUSJE)

21 DE ABRIL

Horário
Atividade
Local
07h30
Missa Abertura
301/302 BLOCO F
08h30 às 11h30
Oficina de Canto Religioso com Pe. Cleidimar Moreira
 (inscrições antecipadas na Paróquia – certificado)
Igreja Universitária São João Evangelista
09h às 11h
Atendimentos de confissão e orientação espiritual
301/302 BLOCO F
14h às 17h30
Minicurso: Deus existe? – Frei Victor Hugo, OFMcap
(inscrição na Paróquia)
301/302 BLOCO F
15h às 18h
Curso: Formação de pais e padrinhos
(inscrição na Paróquia)
Capela Universitária (subsolo da Igreja Univesitária)
15h às 18h
Atendimentos de confissão e orientação espiritual
301/302 BLOCO F
16h
Banda “ Forró Entrelinhas”
PALCO PRINCIPAL
16h
Momento de relaxamento: Escute seu corpo – O Melhor amigo
301/302 BLOCO F




22 DE ABRIL

Horário
Atividade
Local
07h30
Ofício Divino das Comunidades
301/302 BLOCO F
09h às 11h
Atendimentos de confissão e orientação espiritual
301/302 BLOCO F
10h
Arrastão Cultural do Abraço
CORREDOR DAS STANDS
15h às 18h
Atendimentos de confissão e orientação espiritual
301/302 BLOCO F
16h
Momento de relaxamento: Escute seu corpo – O Melhor amigo
301/302 BLOCO F
17h
Antônio Alves e banda – Música Católica
Palco Principal


23 DE ABRIL


Horário
Atividade
Local
07h30
Ofício Divino das Comunidades
301/302 BLOCO F
08h
Momento de relaxamento: Escute seu corpo – O Melhor amigo
301/302 BLOCO F
09h às 11h
Atendimentos de confissão e orientação espiritual
301/302 BLOCO F
13h
André Luís e Banda – Cantor Católico (PARUSJE/GR)
PALCO PRINCIPAL
19h30
Casamentos Comunitários/
Missa de Encerramento
Igreja Universitária São João Evangelista


Inscrições
· por e-mail: secretaria@parusje.org.br
· pelo telefone: 3946-1681 / 1280(Oficina de Canto Religioso)
· ou diretamente na Secretaria da Paróquia Universitária: Pça Universitária, Esquina com 1ª Avenida, Qd 87, Lote 43, nº 400. Setor Universitário. Subsolo da Igreja

quinta-feira, 15 de abril de 2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

Linguagem Difícil

       A grandeza do ser humano depende do sentido que souber dar aos acontecimentos que o envolvem a tal ponto que lhe favoreçam realizar algo que expresse conhecimento e competência. Nem todos possuem o mesmo poder, a mesma oportunidade e os mesmos meios. Cada qual se define e se projeta na proporção de suas capacidades.
         A linguagem humana enaltece justamente os que forem bem sucedidos. Tradicionalmente chega a estabelecer uma divisão implacável entre ricos e pobres, entre letrados e analfabetos e entre poderosos e povo humilde. Essa maneira de conceituar causará consequentemente enormes barreiras sociais, culturais, econômicas e religiosas.
        Enquanto a sociedade enaltece os mais, o Mestre dos mestres vem e enaltece os menos. E será difícil convencer os que têm mais a partilharem com os que têm menos. É difícil fazer com que os que sabem mais desçam de seu pedestal e se aproximem dos que sabem menos e os incentivem a crescerem. É difícil fazer com que os detentores do poder se desfaçam do orgulho e se coloquem como humildes servidores do povo.
            A linguagem humana está muito longe da linguagem divina. Os conceitos dos homens estão muito aquém dos conceitos de Deus. Por isso aquilo que o Mestre diz é profundamente desafiante. Ele mostra que felizes são os pobres, os que passam fome, os que choram, os que sofrem perseguições, calúnias e condenações por estarem comprometidos com a justiça e com a verdade. Para esses promete uma alegria e uma felicidade que nenhum outro provará.
            E dirigindo-se aos que a sociedade considera os mais favorecidos pela sorte usa de uma linguagem dura e ameaçadora: “Ai de vocês, os ricos, porque já têm a sua consolação! Ai de vocês, que agora têm fartura, porque vão passar fome! Ai de vocês que agora riem, porque irão ficar aflitos e irão chorar! Ai de vocês, se todos os elogiam, porque era assim que os antepassados deles trataram os falsos profetas” (Lc.6,24-26)
            Essa é uma linguagem difícil de entender e de aceitar. Ele não quer apenas consolar os pobres, os famintos, os que choram e os que sofrem calúnias e perseguições. Não quer que se conformem com a situação em que se encontram.
            Também não quer simplesmente condenar os ricos por serem ricos, nem os detentores do poder e da ciência. Ele quer mostrar que, para salvar o pobre, é preciso converter o rico. Para libertar os analfabetos é preciso convencer os letrados a se doarem. E para promover o povo humilde é preciso conscientizar os que se encontram no poder a trabalharem com o povo e pelo povo.
            O Mestre fala num tom ameaçador para tocar o coração frio e calculista, para abrir as mentes orgulhosas e prepotentes. Convoca a todos serem mais humanos e mais humildes. Alerta para não continuarem no caminho em que se encontram, mas tomem o caminho da solidariedade e da partilha.
            Caso contrário eles mesmos se condenarão. Deus é sempre misericórdia. Não tem pressa. Simplesmente coloca pelo caminho fatos e sinais que possam auxiliar na conversão do coração e na mudança do modo de pensar e de conviver.

Texto do Frei Venildo Trevizan

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Arquidiocese de Goiânia celebra centenário de nascimento de seu primeiro arcebispo


“Unidos a Jesus Cristo e aos irmãos, sem medo e sem violência”. Continua atual esta afirmação que foi o lema episcopal do primeiro arcebispo de Goiânia, o paraibano de Patos, dom Fernando Gomes dos Santos. Se estivesse vivo, dom Fernando teria completado, no dia 4 de abril, 100 anos. Para homenagear o arcebispo, a arquidiocese preparou alguns eventos ao longo do mês. O primeiro aconteceu em 11 de março. Neste dia aconteceu uma Reunião Mensal de Pastoral, cujo tem foi “Aprofundamento do Centenário de Nascimento de dom Fernando Gomes.

No dia último 4 de abril, domingo da Páscoa da Ressurreição do Senhor, foi também o 100º aniversário de nascimento de dom Fernando e para dar continuidade às comemorações, no dia 1º de junho a Igreja particular de Goiânia prepara uma celebração eucarística do centenário e do 25º aniversário de falecimento de dom Fernando. Para finalizar os eventos, no dia 16 de junho haverá o 53º aniversário de instalação da arquidiocese de Goiânia e posse de seu 1º arcebispo, dom Fernando Gomes dos Santos.

Comemorar o centenário de nascimento de dom Fernando tem um porquê para a Igreja e sociedade goiana. O seu primeiro arcebispo viveu intensamente para o Evangelho e para o povo de Goiânia. “Dom Fernando foi o homem certo no tempo e no lugar certo”, diz padre Alaor Rodrigues de Aguiar, sobre dom Fernando. De acordo com o padre, a história do primeiro arcebispo de Goiânia se confunde com a história do estado, bem como com a história da capital do país, Brasília.

Quando iniciava a construção de Brasília dom Fernando foi enviado pela Igreja para acompanhar e articular o diálogo entre a Igreja e Governo, e, para abrir espaço eclesial em Brasília, sob sua jurisdição.

Em Goiânia, dom Fernando conseguiu a realização da 4ª Conferência da CNBB. Além disso, ele levou o Episcopado Brasileiro a Brasília para que fosse recebido e pudesse dialogar com Juscelino Kubistchek, engenheiros, arquitetos e diretores da Novacap. “Naquele momento, mais uma vez, dom Fernando falou em nome da Igreja, em nome dos bispos do Brasil”, diz padre Alaor.

Concílio Vaticano II e Ditadura Militar no Brasil

Dom Fernando Gomes é também uma história emblemática na história da Igreja no mundo. Ele participou das quatro sessões do Concílio Vaticano II (1962 – 1965) e marcou presença com seis intervenções, quatro escritas e duas orais, sendo que as orais tiveram maiores repercussões, segundo dados do pesquisador padre Beozzo. Em outro cenário, na Conferência Episcopal Latino Americana de Medellín, dom Fernando coordenou a comissão encarregada de estudar os meios de comunicação social. Durante a ditadura militar de 1964, ele não fechou os olhos para o terror que tomaria conta do país até a década de 1980. “Durante essa triste fase da história do Brasil em que aconteceu o golpe militar, a Igreja de Goiânia não ficou calada nem omissa. Pelo contrário, estava forte e viva de esperança”, lembra padre Alaor.

Comunicação, educação e trabalho social

Na comunicação, dom Fernando Gomes é o responsável pela fundação do Jornal Brasil Central, que atualmente foi revitalizado pelo arcebispo de Goiânia, dom Washington Cruz. Além desse jornal impresso, ele também adquiriu a Rádio Difusora de Goiânia e a Revista da Arquidiocese.

Na educação, viabilizou o Movimento de Educação de Base (MEB) e fundou a Universidade Católica de Goiânia (UCG), que, no ano passado veio a ganhar o título de Pontifícia Universidade Católica (PUC). Na época, o presidente JK havia mostrado impossibilidade do Governo Federal criar uma universidade para o estado do Goiás e a UCG tornou-se sinal de vida e de esperança para a Igreja e sociedade de Goiás.

Foi dom Fernando também quem montou a experiência piloto da Reforma Agrária na fazenda Nossa Senhora da Conceição de propriedade da arquidiocese.

Testemunhos

O arcebispo emérito de Goiânia, dom Antônio Ribeiro de Oliveira, diz ser privilegiado por ter participado do ministério de dom Fernando desde o início. Ele foi o primeiro pároco da Catedral (1957 – 1961) e o primeiro vigário geral de dom Fernando. Foi também nomeado bispo auxiliar de dom Fernando pelo papa João XXIII neste período. Sobre a época ele destaca. “Foi uma verdadeira epopéia cívica e eclesial. Merece um capítulo da História da Igreja no Brasil. [...] Não é possível colocar tudo nos limites de um pequeno depoimento”.

“Ele foi um grande paraibano no Centro-Oeste, uma luz levantada na encruzilhada geográfica e cultural que se transformou e sua amada Goiânia”, diz o filósofo, teólogo e cientista social, Ivo Poletto sobre a figura de dom Fernando Gomes. De acordo com ele, dom Fernando foi um pastor que teve muito amor pela Igreja de Jesus. “Seu amor sempre foi ativo, participativo, provocador de mudança. Seu grito profético sempre foi no sentido de não ter medo”.

O bispo emérito de Itumbiara (GO), dom Celso de Almeida, relembra a coragem de defender, sobretudo, os membros da Igreja, sejam eles leigos, padres ou religiosos. “Lembro-me perfeitamente de algumas atitudes corajosas que tomou, como bom pastor. Quando um agente de pastoral leigo foi seqüestrado em Wanderlândia no então norte de Goiás, hoje Tocantins, dom Fernando se deslocou para lá, protestando e exigindo a libertação do missionário. Quando os dois padres franceses Aristides Carmio e Francisco Gouriou – da diocese de Conceição do Araguaia estavam presos em Brasília, dom Fernando não teve dúvidas: viajou com um grupo de bispos, padres e leigos para visitar os presos e protestar diante do governo e dos militares pela atitude injusta que estavam tomando”, diz dom Celso.


Fonte:CNBB

sábado, 10 de abril de 2010

Jesus misericordioso eu confio em Vós !!!


Hojê é o Domingo da Misericórdia do Senhor.
Jesus eu Confio em vós, porque pela sua dolorosa paixão tu tens misericórdia de nós e do mundo inteiro.

Na Cruz quando teve seu lado transpassado por uma lança, de seu coração Jorrou Água e Sangue.

Água que lava-nos de todo o pecado, lava-nos de todo o Mal.
Sangue que nos cura, liberta e salva.

O Sangue e Água que jorraste do coração de Jesus, como fonte de misericórdia para nós, eu confio em Vós.

Santa Faustina, Apóstola da Misericórdia. Rogai por nós.
Vamos Cantar:

SACRAMENTO DA COMUNHÃO
Senhor, quando te vejo no sacramento da comunhão
Sinto o céu se abrir e uma luz a me atingir
Esfriando minha cabeça e esquentando meu coraçãoSenhor, graças e louvores sejam dadas a todo momento
Quero te louvar na dor, na alegria e no sofrimento
E se em meio à tribulação, eu me esquecer de ti
Ilumina minhas trevas com Tua luz

Jesus, fonte de misericórdia que jorra do templo
Jesus, o Filho da Rainha
Jesus, rosto divino do homem
Jesus, rosto humano de Deus

Chego muitas vezes em Tua casa, meu Senhor
Triste, abatido, precisando de amor
Mas depois da comunhão Tua casa é meu coração
Então sinto o céu dentro de mim

Não comungo porque mereço, isso eu sei, oh meu Senhor
Comungo pois preciso de ti
Quando faltei à missa, eu fugia de mim e de Ti
Mas agora eu voltei, por favor aceita-me

Jesus, fonte de misericórdia que jorra do templo
Jesus, o Filho da Rainha
Jesus, rosto divino do homem
Jesus, rosto humano de Deus

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Exultai de alegria


A primeira motivação da Páscoa é a vivência concreta do batismo, sendo isso a fonte do testemunho cristão. É o testemunho da Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, fundamento autêntico da nossa fé.

Com todos os passos realizados na vida cristã, o importante é ter uma fé amadurecida, capaz de lutar pela paz e pela dignidade das pessoas. Mas isso depende da experiência e da vivência com o Cristo ressuscitado.


A paz e a alegria só podem ser experimentadas na convivência comunitária e na prática da solidariedade. É aí que sentimos a presença libertadora de Cristo ressuscitado e vivo em nosso meio. Com isso começa uma nova criação.


Ressuscitando, Cristo nos dá motivações para a construção do Reino de Deus em nossas comunidades. Passamos a ter atitudes novas e mais comprometedoras com tudo que ajuda na realização das pessoas.

A hora é de superar o medo, a incredulidade e a tristeza. Temos que exultar de alegria porque as práticas de morte foram vencidas pela vitória da vida. Agora é acreditar na primazia do bem e da paz.


A opção pelo Reino de Deus implica passar pelos caminhos percorridos por Jesus Cristo. Não foi um empenho fácil, envolvendo inclusive a morte. Supõe, de nossa parte, unidade na fé e na solidariedade para com os excluídos da sociedade.


O prolongamento da missão de Jesus acontece hoje nos compromissos da comunidade e de cada pessoa com aquilo que favorece a vida. É preciso estar contra tudo que provoca a morte de forma irresponsável.


Somos alegres porque o Senhor ressuscitado é sempre misericordioso e tem um amor para sempre. Só isso é capaz de formar comunidade e sensibilizar o coração humano para a vivência concreta do amor.

Hoje somos chamados a dar testemunho do Ressuscitado. Testemunho de amor e de justiça, de vida, e não de morte. É ter e viver a fé, assumindo a missão concreta na comunidade. Não podemos mais ficar passivos e acomodados diante das realidades do mundo que contrariam o projeto do Reino.

Dom Paulo Mendes Peixoto é Bispo de São José do Rio Preto.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

"Cara de Ressuscitado"


Conta-se que um dos mais radicais críticos da religião um dia quis fazer uma experiência para medir a fé dos cristãos. Num sábado de Aleluia, se colocou em frente a uma Igreja e começou observar aqueles que saíam da Missa. Pensava: "Esta cerimônia é a mais importante para os cristãos, aí se comemora o evento da Ressurreição de Cristo sobre o qual se apoia todo o edifício das suas crenças como a salvação eterna, a vitória sobre o pecado e a morte, a adoção como filhos de Deus... Se a sua fé é verdadeira, será impossível que esta não se manifeste".

Depois de alguns minutos de observação, este pensador foi embora dizendo: “Estes não têm cara de ressuscitados...” São palavras duras e injustas, porque julgam universalmente uma realidade, a Igreja constituída pelos seus fieis, a partir de um grupo reduzido que não reflete a sua totalidade. Uma realidade que durante o curso da história tem mostrado tantas “caras de ressuscitado” nos seus santos e nas suas obras de serviço ao próximo. Sobra mencionar personagens como o Papa João Paulo II ou a Madre Teresa de Calcutá. Porém é uma crítica de certo modo válida, porque nos convida a analisar e ver se a ressurreição de Cristo tem alguma influência efetiva na nossa vida.

Um bom termômetro para saber isto é o que a Igreja mesmo nos propõe neste tempo de Páscoa. Na liturgia destes dias se faz um constante apelo ao livro dos Atos dos Apóstolos onde a temática constante é a vivência da caridade e amor fraterno com que viviam os nossos primeiros irmãos na fé. Caridade culminada com a vinda do Espírito Santo prometido por Jesus.

A caridade para os que então seguiam Jesus Cristo era a manifestação da sua fé no Ressuscitado e na doutrina anunciada por Ele. Porque Cristo ressuscitou, estamos certos da verdade de tudo o que ele fez e pregou especialmente o sacramento da Eucaristia que Ele instituiu na última ceia e o SEU novo mandamento: o mandamento do amor. Um mandamento que seria o distintivo daqueles que abraçariam a fé. De fato, que outra motivação poderemos ter para amar e perdoar os nossos inimigos, para fazer-nos servos de todos, para respondermos o mal com o bem, se não for a fé em Jesus Cristo e na sua Palavra?

Mas a caridade não é só o que nos distingue como seguidores de Jesus Cristo, esta é também a melhor “estratégia” para conquistar o mundo para Cristo. As primeiras conversões não foram causadas pela genialidade e perfeição lógica dos argumentos e da doutrina pregada pelos apóstolos, mas pelo exemplo de amor dos discípulos de Cristo. “Olhai como se amam!”, era a exclamação dos pagãos quando contemplavam os nossos primeiros irmãos durante o tempo das perseguições romanas. Como os mesmos romanos costumavam dizer: “verba movent, exempla trahunt!” (as palavras movem, mas o exemplo arrasta!).




Paulo Afonso dos Santos Tavares é acadêmico de Jornalismo na PUC – GO, e Coordenador da Pastoral da Juventude de Trindade e catequista de Crisma.


(Artigo publicado no dia 05/04/2010 no Diário da Manhã)


sábado, 3 de abril de 2010

Etimologia Pascal

A Igreja celebra o tempo de Páscoa, que vai desde o Domingo da Ressurreição até o fim de Pentecostes -mais ou menos uns 50 dias- como se fosse um só dia, o Grande Dia, antecipação do tempo que não terá fim.
Este sentido do tempo da Páscoa se faz especialmente evidente no tempo conhecido como "Oitava de Páscoa", os oito primeiros dias do tempo pascal, em que as antífonas repetem durante toda a semana: 'Hoje o Senhor ressuscitou, cantemos um hino ao Senhor nosso Deus".
O ovo de Páscoa tem uma origem cristã. Na chamada "Idade Média", o ovo não somente era visto como um alimento saboroso e precioso- lembrando que não existia a produção em série- mas que, além disso, simbolizava a Cristo: assim como o ovo oculta uma vida que brotará, a tumba de Jesus também oculta sua futura ressurreição. Em muitos países ainda se conserva a tradição de pintar e abençoar os ovos de galinha antes do Domingo de Ramos, para depois comê-los no Domingo de Páscoa.
O coelho de Páscoa é um símbolo cristão da Ressurreição. Seu uso se remonta à antigos predicadores do norte europeu que viam na lebre um símbolo da Ascensão de Jesus e de como deve viver o cristão: as fortes patas traseiras da lebre lhe permitem ir sempre para cima com facilidade, enquanto suas frágeis patas dianteiras dificultam a descida.


A Pomba ou "Colomba" pascal, um pão doce e enfeitado com a forma de ave, é também um símbolo cristão. A forma de pomba era utilizada muito frequentemente nos antigos sacrários onde se reservava a Eucaristia. O símbolo eucarístico se converteu logo no pão doce que costuma ser compartilhado, em alguns países europeus -especialmente na Itália- no café da manhã de Páscoa e da "Pasquetta", a segunda-feira de Páscoa.



Paulo Afonso dos Santos Tavares é acadêmico de Jornalismo na PUC – GO, e Coordenador da Pastoral da Juventude de Trindade e catequista de Crisma.

Viver, reviver e ressignificar!


Neste tempo de Páscoa, do memorial da Paixão de Cristo, tão cheia de significados e mistérios, remeto-me aos pensamentos daquelas pessoas que me procuram no consultório ou mesmo em conversas informais, e-mails e comentários no blog para falar de suas angústias e da vontade de viver o novo.


Viver o novo, muitas vezes, é reviver, mesmo que emocionalmente, aquelas dores que nos consumiram por um tempo, mas das quais temos de tirar apenas as lições necessárias para seguirmos em frente. Com isto, não quero que pense que estou dispensando seu sofrimento; muito contrário disto, quero que você faça comigo uma reflexão sobre aquilo que você é, aquilo que pensa, o que viveu e que gostaria de retomar na Páscoa da sua vida.


Viver a novidade da Páscoa é ressignificar, ou seja, dar um novo significado aos seus caminhos com um intenso desejo de transformar sua vida. Se você trazia consigo mágoas e ressentimentos, por que não perdoar? Por que não dar uma nova chance àquela amizade que você achava perdida? Por que não ressuscitar aquele casamento que você nem tinha mais esperança de retomar?


Se falamos da misericórdia de Deus, aceite que Ele, na figura do sacerdote, perdoe suas faltas; aceite de fato o perdão em sua vida. Temos memória, por isso não vamos nos esquecer das situações, mas não façamos delas um marco de dor e de autocondenação eterna em nossas vidas.


Se você busca converter-se daquilo que não gosta em sua vida, dos comportamentos dos quais você quer se livrar, siga um firme propósito, mas não tente fugir ou agir com comportamentos de fuga na primeira dificuldade. Pode ser difícil, pois a estrada terá muitas pedras, mas você colherá frutos saborosos ao prosseguir neste caminho. E é aí, bem neste ponto, que entra a sua fé n'Aquele que o fortalece e dá sustento no caminho. Fé naquele tratamento médico que você faz, mas que, nem sempre, lhe dá tanta confiança; fé que sua perseverança fará com que você encontre um novo trabalho para sustentar você e sua família. No entanto, há também um fator muito importante para que tudo isto ocorra: não adiantará a fé, se você não persistir, perseguir seu alvo.


Não seja expectador da sua própria vida; se está difícil, busque ajuda; se levantar-se é um peso maior do que aquilo que você consegue suportar, erga suas mãos, deixe de lado seu orgulho, peça ajuda. O conforto virá, muitas vezes, de onde menos acreditamos. Não queira resolver todas as suas pendências de uma vez. Organize seus pensamentos, coloque no papel as coisas que gostaria da fazer para viver melhor, coloque prioridades, imagine o passo a passo; não queira que tudo se transforme num piscar de olhos.


Seja, nessa Páscoa, um testemunho de vida nova. Use aquela fé e aquela atitude que, tantas vezes, você incentiva nas pessoas, mas que não tem coragem de assumir para você. Viva intensamente essa Páscoa, não apenas como um evento católico ou uma festa para celebrar e trocar chocolates, viva cada minuto de sua vida como uma verdadeira Páscoa para a vida inteira.



Elaine Ribeiro é colaboradora da Comunidade Canção Nova, formada em Psicologia Clínica e Pós-Graduada em Gestão de Pessoas
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