segunda-feira, 19 de abril de 2010

Por que nos angustiar?


A notícia da Ressurreição já havia espalhado pela cidade e arredores. Os discípulos de Emaús contaram aos apóstolos, em detalhes, “o que havia acontecido no caminho para casa, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão (cf. Lc 24,35). Mesmo assim, o grupo dos apóstolos duvidou. Jesus, então, apareceu a eles pela terceira vez desejando, em primeiro lugar, que a paz estivesse no meio deles, mas eles não O reconheceram. Porém, o Senhor insistiu dizendo:

“Por que estais perturbados e por que estas dúvidas em vossos corações? Vede minas mãos e pés, sou eu mesmo. Apalpai e vede. Um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 38-39).

Foi assim que Jesus encontrou os seus amigos: carregados de dúvidas e perturbações, com medo e tristes. Não entendiam o que estava acontecendo, sofriam com a solidão, com a ausência de Jesus; não se lembravam das coisas que Ele havia dito quando caminhava com eles. O Senhor sabia que esses sentimentos estavam tão presentes e latentes, que seus corações estavam apertados, cheios de angustias, por isso, insistia para que acolhessem a paz que vinha dele, do seu Coração Sagrado.

Estavam paralisados, insensíveis à sua voz amorosa, e com os olhos como que vendados, impedindo vê-lo de verdade, por isso Jesus pediu para que tocassem nele. Jesus tinha certeza que eles só acreditariam depois que o tocassem: apalpai e vede.

Essa atitude de incredulidade, de insensibilidade à voz de Deus está presente também na nossa vida. Deixamos que o medo, a tristeza, as dúvidas, as angústias, as insatisfações da vida vão nos paralisando, nos cegando, por isso, Jesus nos pede para tocar as suas chagas e sermos curados, libertos de nós mesmos, e assim tomarmos posse dessa vida verdadeiramente nova que Ele quer nos dar.

Ir. Silvana A. Nogueira é Consagrada Luz da Vida

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