Amigo (a)
Perdoe-me o abuso, mas as palavras clamam. E não dá para contê-las. Logo mais teremos um opúsculo reunindo estas e outras linhas. Já tem até título provisório. Comunicar-lhe-ei quando estiver pronto. Deixe-me abusar da amizade e proclamar algo mais.
Dentro de cada um de nós transitam mil rios. Mil faces vão e vem em nossas estradas. Quantas pessoas conhecemos? Quantas vidas por nós passaram e passam? Singularidades diversas. Rostos que nunca mais veremos. Belezas que nunca mais contemplaremos. Outras retornam, a cada dia, igualmente carregadas de uma beleza singular a cada amanhecer e entardecer. Nunca mais somos os mesmos desde que nos abrimos ao mundo das relações. Somos marcados com o sinal do outro, ainda que imperceptíveis sejam estes sinais. Por isso não somos solidão. Somos solidariedade. Somos mutualidade. Somos imbricamento de rios, riachos, canais. Acertadamente canta Paulinho da Viola: “foi um rio que passou em minha vida e meu coração se deixou levar”.
Por isso é importante acolhermos a face do outro, ainda que desta face ora queiramos nos aproximar, ora queiramos nos afastar. Porque a vida é feita de encontros e desencontros. E, entre encontros e desencontros, encontramo-nos, a nós e aos outros, sempre. E corremos o risco de perdermo-nos e perdermos o outro, igualmente. Mas, cest la vie. O fato é que crescemos juntos, na unidade dos diferentes. Não tem outro jeito. Graças a Deus.
Homens e mulheres são como rios. Ao longo da vida transitam por entre planícies e montanhas. Atravessam duras superfícies. Abrem fendas. Desbravam caminhos novos. Alguns rios morrem ao longo do trecho. Outros se juntam a outros e se tornam mais leitosos. A maioria deságua no mar, símbolo maior transcendência última, como para dizer do próprio Deus, Oceano sem fim, Eternidade ilimitada inequivocamente, “Lugar” onde as águas se encontram e festejam a vida e a alegria de terem passado por tantas intempéries e belezas.
Um grande, profundo e amigo abraço. Na sinceridade de quem lhe deseja, tão somente, o melhor. Nada mais que o melhor.
Prof. Onofre Guilherme S. Filho
PUC Goiás
Perdoe-me o abuso, mas as palavras clamam. E não dá para contê-las. Logo mais teremos um opúsculo reunindo estas e outras linhas. Já tem até título provisório. Comunicar-lhe-ei quando estiver pronto. Deixe-me abusar da amizade e proclamar algo mais.
Dentro de cada um de nós transitam mil rios. Mil faces vão e vem em nossas estradas. Quantas pessoas conhecemos? Quantas vidas por nós passaram e passam? Singularidades diversas. Rostos que nunca mais veremos. Belezas que nunca mais contemplaremos. Outras retornam, a cada dia, igualmente carregadas de uma beleza singular a cada amanhecer e entardecer. Nunca mais somos os mesmos desde que nos abrimos ao mundo das relações. Somos marcados com o sinal do outro, ainda que imperceptíveis sejam estes sinais. Por isso não somos solidão. Somos solidariedade. Somos mutualidade. Somos imbricamento de rios, riachos, canais. Acertadamente canta Paulinho da Viola: “foi um rio que passou em minha vida e meu coração se deixou levar”.
Por isso é importante acolhermos a face do outro, ainda que desta face ora queiramos nos aproximar, ora queiramos nos afastar. Porque a vida é feita de encontros e desencontros. E, entre encontros e desencontros, encontramo-nos, a nós e aos outros, sempre. E corremos o risco de perdermo-nos e perdermos o outro, igualmente. Mas, cest la vie. O fato é que crescemos juntos, na unidade dos diferentes. Não tem outro jeito. Graças a Deus.
Homens e mulheres são como rios. Ao longo da vida transitam por entre planícies e montanhas. Atravessam duras superfícies. Abrem fendas. Desbravam caminhos novos. Alguns rios morrem ao longo do trecho. Outros se juntam a outros e se tornam mais leitosos. A maioria deságua no mar, símbolo maior transcendência última, como para dizer do próprio Deus, Oceano sem fim, Eternidade ilimitada inequivocamente, “Lugar” onde as águas se encontram e festejam a vida e a alegria de terem passado por tantas intempéries e belezas.
Um grande, profundo e amigo abraço. Na sinceridade de quem lhe deseja, tão somente, o melhor. Nada mais que o melhor.
Prof. Onofre Guilherme S. Filho
PUC Goiás
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